Segundo a revista Science [1], o Instituto Nacional de Alergias e Doenças Infecciosas (National Institute of Allergy and Infectious Diseases – NIAID) informou que não renovará o financiamento de dois importantes consórcios de pesquisa, liderados pela Scripps Research e pela Universidade Duke, que investigam vacinas contra a AIDS.
O NIAID também notificou três de suas Unidades de Avaliação de Vacinas em Primatas de que não lhes concederá contratos para testar as vacinas desenvolvidas por esses consórcios nem aquelas financiadas por outras subvenções dos Institutos Nacionais de Saúde (NIH) em macacos.
Os consórcios, formados inicialmente em 2005, contam com mais de uma dúzia de instituições parceiras. Segundo Science [1], ainda não se sabe se a decisão partiu dos NIH ou do Departamento de Saúde e Serviços Humanos dos EUA (DHHS).
Embora os pesquisadores que atuam nesse campo reconheçam que a vacina contra o vírus causador da AIDS ainda está distante, as pesquisas em andamento forneceram novas pistas e renovaram o otimismo, e muitos cientistas afirmam que os avanços deveriam ser acompanhados de forma rigorosa.
Sem o financiamento dos NIH, é provável que os grupos de pesquisa que até agora vinham trabalhando em colaboração se dissolvam, comprometendo os progressos alcançados.
Tudo indica que o financiamento para estudos relacionados ao HIV/AIDS continuará, mas os projetos terão que seguir abordagens científicas mais convencionais, não podendo ser tão inovadores quanto os desenvolvidos por esses dois consórcios.
Ainda assim, é provável que os recursos destinados ao desenvolvimento de vacinas contra o HIV sejam drasticamente reduzidos.
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