Resumo
Ênfase tem sido dada na melhoria da transparência na condução e comunicação da pesquisa, na melhoria do clima de trabalho e na prevenção de práticas de pesquisa prejudiciais. Para avaliar as atitudes e práticas em relação a essas questões, enviamos uma pesquisa aos autores, revisores e editores. Recebemos 3.659 (4,9%) respostas de um total de 74.749 e-mails enviados. Não encontramos diferenças significativas entre as atitudes de autores, revisores e editores em relação à transparência na condução e comunicação da pesquisa, nem em relação à percepção do ambiente de trabalho. A autoria não merecida foi percebida por todos os grupos como a prática de pesquisa prejudicial mais prevalente, enquanto a fabricação, a falsificação, o plágio e a não citação de pesquisas anteriores relevantes foram vistos como mais prevalentes pelos editores do que pelos autores ou revisores. No geral, 20% dos entrevistados admitiram sacrificar a qualidade de suas publicações em prol da quantidade, e 14% relataram que os financiadores interferiram no projeto ou na apresentação de seus estudos. Embora os entrevistados tenham vindo de 126 países diferentes, devido à baixa taxa de resposta da pesquisa, nossos resultados não são necessariamente generalizáveis. No entanto, os resultados indicam que o envolvimento de todas as partes interessadas deve ser ampliado para alinhar as práticas reais com as recomendações atuais.