Os defensores da saúde pública querem que as empresas farmacêuticas parem de tocar música nas propagandas de medicamentos, pelo menos enquanto seus riscos estiverem sendo apresentados. Como relata a Endpoints, essa iniciativa recebeu recentemente o apoio de Gregg Alton, ex-CEO interino da Gilead e membro da diretoria de várias empresas de biotecnologia [1].
Os defensores da saúde pública afirmam em sua segunda carta à FDA sobre essa questão (a primeira foi enviada há dois anos e ficou sem resposta): “A FDA já regulamenta o conteúdo dos anúncios ao consumidor e proíbe que os anúncios incluam informações falsas ou enganosas, ao mesmo tempo em que exige que os anunciantes forneçam um ‘equilíbrio justo’ de informações sobre benefícios e riscos”. A música tocada durante a apresentação dos riscos e efeitos colaterais pode ser usada como uma técnica para distrair os consumidores, eliminando o equilíbrio ‘justo'” [1].
A Knowledge Ecology International (KEI) propôs, em agosto de 2020, que a música fosse proibida durante a listagem de riscos na publicidade de medicamentos na televisão, na rádio e na Internet. A proposta também foi apoiada pela Public Citizen [1].
A KEI e outros aliados planejam aumentar a pressão sobre a FDA, o HHS e a Casa Branca. A petição inicial incluía links para exemplos de anúncios de televisão com músicas que distraem, como o Ozempic da Novo Nordisk (Oh-Oh-Oh-Oh Ozempic), o Descovy da Gilead (Step Up, PrEP Up) e o Xeljanz XR da Pfizer (Unjection) [1].
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