A indústria farmacêutica e as editoras de revistas biomédicas compartilham um objetivo comum, a disseminação do conhecimento científico em benefício da saúde da população, e ambas possuem uma imagem social respeitável. Porém, uma parte destas indústrias, principalmente as maiores, mais estabelecidas globalmente e mais lucrativas – as monopolistas – têm se voltado para o “lado escuro”, esquecendo-se do benefício social que sua atividade trouxe durante séculos e abraçando o lucro de alguns benefícios imensuráveis e até certo ponto indecentes, quando não imorais, em um mundo globalizado de grandes desigualdades. Esses grandes monopólios foram transformados em um modelo de negócios altamente bem-sucedido com base em mitos, falácias, comportamentos muitas vezes suspeitos, vários conflitos de interesse e práticas frequentes de pressão.